Biblioteca Maria José de Queiroz

A extraordinária Biblioteca Maria José de Queiroz editada pela Caravana Grupo Editorial completa, em 2020, quatro elegantes publicações: a coletânea de ensaios A literatura encarcerada, relançada em 2019 em sua segunda edição revista e atualizada, traz ensaios contundentes sobre a literatura do cárcere nos quais a escritora afirma que os corpos podem estar privados da liberdade, mas o espírito não; o romance Terra incógnita, também lançado em 2019, encanta com um personagem adorável, o menino Damião que, fugindo de aulas enfadonhas e dos maus-tratos do pai, sobe a bordo de um navio no Rio de Janeiro e faz com que o leitor o acompanhe ao sabor de mil e uma peripécias que só quem viaja, no livro e na fantasia, pode entender; a coleção de poemas biográficos Desde longe, republicada em 2020, entretece passado, presente e futuro: na infância, o pai perdido no tempo, no presente, mesas, pratos e casas vazias e no futuro, a escrita do verso lúcido, apaixonado e vibrante; os contos de Amor cruel, amor vingador, reeditados em 2020, exibem uma estranha beleza e insinuam a crueldade e a vingança como ingredientes fatais do relacionamento amoroso.

Biografia

Aos 26 anos, Maria José de Queiroz tornou-se a mais jovem professora catedrática do país e, por concurso, sucedeu o professor Eduardo Frieiro na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, onde lecionou Literatura Hispano-Americana. Doutorou-se em Letras Neolatinas pela mesma instituição.

Possui uma longa e importante carreira como Visiting Professor em universidades da Europa e dos Estados Unidos: Sorbonne, Lille, Bordeaux, Aix-en-Provence, Bonn, Colônia, Indiana, Harvard e Berkeley.

Desde 1953, colabora em jornais de Minas Gerais e escreve para mais de uma dúzia de periódicos, inclusive o francês Le Monde. Em 1961, publicou o primeiro de seus onze ensaios sobre literatura e, em 1973 estreou como ficcionista. É Membro da Academia Mineira de Letras (Cadeira 40, Patrono: Visconde de Caeté (1766-1838)). Em 2019, A Academia Mineira de Letras fez homenagem aos seus 50 anos como acadêmica.

Para a ocasião, que aconteceu no dia 20 de novembro de 2019, pesquisadores da obra da escritora se reuniram na mesa “Maria José de Queiroz – 50 anos na Academia Mineira de Letras”, e contou com abertura do presidente da instituição, Rogério Tavares, e saudação do escritor e acadêmico, ex-aluno da homenageada, ocupante da cadeira nº 3, Ângelo Oswaldo. O romance Terra incógnita foi lançado no evento, assim como a edição revista e atualizada do livro de ensaios A literatura encarcerada, ambos pela Caravana Grupo Editorial, de Belo Horizonte.

A mesa de pesquisadores foi composta por quatro jovens estudiosos da obra de Maria José de Queiroz: André de Souza Pinto com “A casa do Alferes em Joaquina, filha do Tiradentes”; Filipe Menezes com “Cânticos de Sião em Sob os rios que vão”; Maria Lúcia Barbosa com “Amor cruel, amor vingador: eis o enigma”; e Maria Silvia Guimarães com; “As cidades invisíveis em Como me contaram: fábulas historiais”, sob a coordenação da Profa. Lyslei Nascimento, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais.

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