O apanhador de garrafas no oceano de centeio. O Walter Navarro precisava de alguém famoso para apresentar seu novo livro, “8 Garrafas”. Perdão, “5Garrafas”. Claro que seu terceiro livro, primeiro romance publicado, teria um nome esquisitão, como “9 Calcinhas”. Walter não queria que um amigo apresentasse seu livro porque, mentiras sinceras não o interessam. No mais, desde quando ele tem amigos? E se os tem, eles sabem escrever? E se alfabetizados, seriam sinceros? Infelizmente precisei levar meu cachorro ao dentista e não tive tempo de ler esta maravilhosa obra. Vou esperar ser adaptada para o Cinema ou pela Netflix. Sim, não li mas, em compensação, também não gostei. Achei uma frase boa, na página 69, certamente um plágio, de Nelson Rodrigues ou Henry Miller. Francamente, podem comprar e ler de olhos fechados. A ideia até é boa. Sair pelo mundo, catando garrafas no mar. Walter deveria escrever mais, ir além das garrafas, catar também plástico e guimbas de cigarro. Ajudaria o meio ambiente. No mais, parafraseando Paulo Francis, o livro é uma merda, mas o autor é genial.
Jerônimo Taveira
Walter Navarro
Pequeno perfil de um cidadão comum ou apenas um rapaz latino-americano? Pouco se sabe sobre Walter Navarro. Teria sido inaugurado dia 9 de outubro de 1962. É mineiro de Barbacena, mas não exerce, porque não tem culpa. Cresceu em Campinas, São Paulo, onde progrediu na carreira militar. Chegou a cabo! Queria ser diplomata ou presidente da República, para viajar muito e pegar umas mulheres. Forças ocultas e terríveis o impediram. Por culpa da PUC/MG, acabou jornalista sem jornal e publicitário sem agência de propaganda. Morou “quase seis anos em Paris”, voltou e publicou dois livros de crônicas, sucesso absoluto de crítica e público, nos melhores sebos. Desde então vive recluso nas montanhas e no matagal, perto de algum lugar desconhecido. Ou seria confinado? Graças à Lei Aldir Blanc, esta “Rouanet para os desprevenidos”, Walter voltou à ativa e, dizem, escreveu três livros. “5Garrafas” é o segundo. Os outros vão ficar esperando Godot ou, quem sabe, a Lei João Bosco. Ah! A foto acima foi feita há exatos dez anos, num café em Paris. Foi escolhida porque espontânea, sem pose e de autoria duvidosa. É de 2011, mas Walter jura que continua bonitinho, mas ordinário e escrevendo sob o estranho pseudônimo de Jerônimo Taveira.
Ficha Técnica
Autor: Walter Navarro
Coordenação editorial: Leonardo Costaneto e Olavo Romano
Capa e editoração eletrônica: Ytana Mayanne
Ilustração da capa: arte de Walter Navarro em fotografia Thaís Weick
Selo: Caravana
Gênero: Ficção brasileira – Romance
Páginas: 160
Formato: 14×21
ISBN: 978-65-87260-38-9
Luiz Fernando Godinho –
Certamente vou adorar.
Ana Sobrinho –
Avalie o livro com estrelinhas vamos adorar. Abraços.