Homens árabes me fazem dançar

“O livro reflete a presença árabe no mundo ocidental e o que acontece quando esses universos se cruzam, revela também que existe um mundo patriarcal regido pelos homens que são por vezes demasiadamente árabes.” Viver é fatual, escrever é simulacro de viver. Homens árabes me fazem dançar evoca o simulacro, remete à caverna de Platão. Narrado na primeira parte por uma senhora que toma a palavra e que frequenta um restaurante grego, licença poética que nos remete aos mitos gregos, como se a imagem da senhora fosse a de uma Afrodite que assiste impassível a história dos dois amantes. Eles se encontram em vários países diferentes e a novela é dividida em batimentos de um coração quando se apaixona, França, Brasil, Moçambique e Cuba. Na parte dois e última, através do ponto de vista de um senhor já um tanto senil, dono de uma biblioteca, num casarão cercado de empregados. Será que a senhora francesa tem alguma coisa a ver com o senhor da biblioteca? Seria toda a história um pano de fundo ou um pretexto para os personagens renascerem?