Carlos Drummond de Andrade disse que, em Ouro Preto, “não adianta correr as ruas e pontes, morros, sacristias, se não houver total entrega”. O poeta Lucas Ramos de Oliveira Santos, um dos mais ouro-pretanos entre aqueles que aqui vieram tentar a sorte, alude a esse sentimento da forma que somente quem adotou Ouro Preto é capaz. Seus versos são um espelho dos laços que criou com a cidade e o povo que aqui transita. Isolado em terra estranha, entre a melancolia e seu infindável apetite de viver, abraçou a cidade como se ela fosse uma mãe que acalenta e aconselha. Não é difícil encontrá-lo de madrugada flanando sobre o pé-de-moleque, em busca de (re)encontros. Ouropretando entre o Rosário e a Nida, Lucas convida o(a) leitor(a) a acompanhá-lo nas subidas e descidas das vielas da vida de quem se atira em tudo para encontrar um motivo, sempre com fôlego para recomeçar.
Alberto Godefroid
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