É um desafio falar de Ouro Preto para um arquiteto. Se a inscrição desta cidade na lista do Lista do Patrimônio Mundial da Unesco em 1980 contribui para atestar o reconhecimento global de sua singularidade para além das fronteiras nacionais, seu interesse cultural transcende sua condição de patrimônio arquitetônico. Estendendo-se para os morros, vales, ruas e gentes as paisagens lá configuradas ao longo dos séculos ressoaram em muitas expressões artísticas, principalmente na poesia; um poderoso instrumento de leitura de tantas expressões tangíveis e intangíveis que permeiam e se sobrepõem na Ouro Preto contemporânea. Esta cidade foi lugar e encruzilhada de personagens históricos e poetas que a descreveram ou cantaram, como o jesuíta italiano André João Antonil e os poetas Alphonsus de Guimaraens Filho, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, entre outros. Nos sete ensaios deste livro, o arquiteto Gabriel Iguchi Gomes nos convida a percorrer essas antigas ruas e a estabelecer novos nexos.
Regina A. Tirello
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