Geografias do (Des)Encontro

A imagem de uma estrada livre, cercada por campos e montanhas em um dia de sol tornou-se um símbolo de liberdade, pelo menos para todos aqueles que não dispensam o romantismo para sua jornada. Mas que jornada é essa? A jornada interna e externa que todos nós percorremos durante a vida, cada um com seus itinerários. Porém ser livre implica na mais difícil aquisição da vida humana: a capacidade de estar só, de se perder acolhendo a flor e o espinho que nos habitam. Somos fonte inesgotável da dor e do amor, de céu e tristeza, inferno e paixão. A jornada parte daquilo que se entende como o mundo comum, com suas demandas de adaptação, o que vai entrando em crise à medida que o narrador (autor) mergulha em seu mundo interno. Os sentimentos de alienação, a descoberta do amor e suas decepções, a solidão dos seus desejos mais íntimos, tudo o que compõe esses encontros e desencontros que a trama da vida existencial nos apresenta.