Ainda que conheça o trabalho de Matusalém Dias de Moura, Salmos da montanha me surpreendeu, não somente pelo cuidado com a escolha da palavra certa, mas pelo depurar das emoções no medir da trajetória do eu lírico. Todavia, se engana o leitor que abrir estas páginas buscando saudades, o retorno à infância ou a procura de um tempo ideal para sempre perdido, os amores perdidos, as paixões colecionadas. Aqui temos, sobretudo, o encontro do poeta consigo, com o seu ofício e o compromisso com a boa literatura em última análise, garantindo ao editor um belíssimo trabalho (desejo de qualquer um que esteja neste lugar) e ao leitor algo que vai muito além da fruição e do deleite.
Leonardo Costaneto
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