Roberto D’Angelo, em O perfumista da Inconfidência, viaja da França a Minas, atravessando séculos, colocando-se como personagem da própria trama, que erige com elegância sem igual. Um romance histórico, texto de fôlego, como é o caso deste, é para os poucos que se deixam conduzir pelas tramas da narrativa, a confiar em quem conta a história. D’Angelo, aliás, empreende isso: enredar o leitor aos poucos, tornando tarefa impossível fugir dos capítulos que se sucedem, à espera do desfecho. Mais do que um livro para o agora, O perfumista da Inconfidência é uma obra para a permanência, a posteridade, evolando entre a ficção e a história, impregnando-se, cada vez e sempre e mais, como um texto definitivo da literatura brasileira.
Leonardo Costaneto
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