O grão da voz, de Evaldo Balbino, é poesia que se faz liberdade. São textos líricos antes de tudo, com variada forma passando pelo verso livre e pelo metrificado, pelo verso rimado e pelo branco. Ao longo do livro, convivem formas clássicas e modernas de composição. A voz, essa materialidade anterior à escrita e aqui construída nos sons da poesia, associa o poético com a liberdade da existência e da expressão, porque a existência ela mesma pode ser contestadora. Os textos perfazem-se na busca dum dizer poético libertador, porque questionador das amarras e dos desmandos dos poderosos sobre seus subordinados.
Leonardo Costaneto




Evaldo Balbino nasceu em Resende Costa, MG, em 1976. Vive em Belo Horizonte, onde é professor e pesquisador da UFMG. É licenciado em Letras, mestre em Literatura Brasileira e doutor em Literatura Comparada por essa universidade. Com pós-doutoramento pela USP em 2017, é membro da Academia de Letras de São João del-Rei (MG). Com 26 prêmios literários nacionais e internacionais, publica crônicas no Jornal das Lajes e no jornal literário Linguagem Viva. Participa de 21 antologias pelo Brasil e de uma em francês. Livros publicados: Moinho (1ª ed. em 2006, 2ª ed. em 2021), Móbiles de areia (2012), Filhos da pedra (2012), Amores oblíquos (2013), Os fios de Ícaro (2015), Apesar das coisas ásperas (2016), Fantasma de Joana d’Arc (2017), Inscrição no deserto (2020) e Lições de cigarra (2021).
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