Ler esta obra é como reencontrar um velho amigo num fim de tarde. Falar das simples coisas da vida, recordar e partilhar. Em Alusões, o amigo-poeta compartilha desejos e volúpias que se entrelaçam às angústias da vida. Você o observa jogar com as palavras, descrever pequenas cenas e costurar com muito afeto detalhes sutis: um toque, um suspiro, um som. Em Elusões, este poeta-amigo, mais à vontade, expõe memórias carregadas de melancolia. Incertezas, indagações e delírios. Como um motivo melódico que se transforma, versos são ressignificados e nos convidam a inventar o fonema que nos diz. Perto do fim, já sem formalidades, o poeta-amigo partilha o que lhe espanta e enternece. Uma morte de papel, uma saudade doída, um samba derradeiro. Um mergulho naquilo que confronta e conforta. Desvela o amor e sua falta, as certezas da vida escondidas naquilo que é vago, impreciso, elusivo.
Sarah Elizama




Ramon Fernandes nasceu em Curitiba, em 1998. É professor, compositor e poeta. Gosta de imaginar cenários improváveis, onde Tom Jobim encontra Matilde Campilho, Jorge Aragão esbarra com Kandinsky e até Stravinsky dançaria um vaneirão com Drummond. Descobriu a poesia sem querer, escrevendo coisinhas num papel, sem saber por quê. Juntou-as e as transformou neste que é seu primeiro livro publicado.
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