A tempo de encontrar

O Tempo é central na narrativa deste romance. A escassez do tempo a ser vivido é o desafio de Sophia, paciente terminal, que conta sua história transitando entre o real e o imaginário; o inesperado e o desejado. A morte anunciada impõe questionamentos e descobertas e tem como fio condutor uma história de amor, onde tempos que não se reconhecem têm a pretensão de dar sentido à vida. Não importam os caminhos escolhidos por Sophia, não importam suas contradições; importam os vários conteúdos e significados que ela atribui a sua história. Na fantasia, a história de amor vivida se sustenta no encontro de Lucia e Renzo, personagens de I promessi sposi, romance de Alexandre Manzoni, escrito em 1827; no mundo real o tempo é incontornável e urge saber como vivê-lo e identificar o momento exato de morrer. O “saber morrer” se impõe na consciência; vida e morte caminham de mãos dadas e na magia do romance a vida e a ficção ganham contornos variados, revelando que o tempo é mais do que o contar das horas.