Contracartógrafo

Vagando entre referências literárias e personalíssimas, tenso entre extremos de decepção e esperança, passando por epifanias e ignorâncias, Contracartógrafo tenta mapear um território em uma eterna intempérie, indo e vindo por várias perspectivas e personagens, por várias localidades e cronologias, por várias versões de eventos e eus-líricos, muitas vezes em conflito, em uma progressão de emaranhados, revisões e recontextos. São quatro seções temáticas: promessa e profecia, dia do julgamento, exílios e a própria contracartografia. São sessenta e sete poemas antecipando, refletindo e desconstruindo a inevitabilidade do fim; e o que vem depois. O livro foi finalista do XI Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, sendo julgado como uma “[obra] com inventividade admirável, poética densa e técnica segura”, uma “profunda meditação poética sobre a efemeridade, a memória, a inevitabilidade da ruína e a complexidade da existência humana em um mundo que desafia a compreensão linear”.