Essas “vozes que ecoam silenciosas”, nos versos de Carol Antunes, nos convidam a participar da poesia. Desta que é o “Concreto ‘incorrosivo’ da vida”. Tratam a eternidade como algo que está logo ali. É um depois no agora. A poesia, me parece, surge neste ato contínuo que mistura a poeta com o poema. Mistura o leitor com aquilo que é lido também. Enquanto leitores, vamos nos interessando por pequenos trechos de vida, por uma amostra de sentimentos, ou pelos simples sons das palavras, e nos deixamos perder, como um pequeno caco de vidro. Sendo assim, o convite aos leitores é que se deixem levar, que sejam um barco a vela nas linhas deste Cal e Cinza que Carol nos presenteia.
Paulo Zan
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