A aurora rasga o céu e, em pisadas de gato, para não melindrar os versos, com a certeza que estão lá fora a apreciar o quarteto céu, sol, areia e mar, Karla Celene, qual menina em estado de encantamento sai à cata deles e, ao encurvar-se, vai pegando fragmentos poéticos e aprisionando-os em poemas. São versos gentis, que não lamentam perder a liberdade, porque reunidos contam histórias. A poesia é onipresente em cada gesto, em cada delicadeza que a poeta emana. Há tempos, travessa, deu de conversar com o mar oceano.
Orgulhoso, ao receber atenção, corcoveia para suas lentes, estronda em seus ouvidos, lambe seus pés, salpica versos para ela, que vive a espalhar sorrisos ao falar, iluminando a areia dourada do alvorecer, um segundo sol, qual espelho. Em ambiente de luz e sombra, gestou conteúdo de reverência ao mar, um duo sensual, ora entregue.
Mara Narciso
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