Quando menos se espera já é março

O tempo, que aparece no título do livro, é uma espécie de bula e convite à fruição da leitura. Mas não se trata do tic-tac do relógio, aquele que precisa ser medido, mas do tempo do sentir. Das pausas para a contemplação, para o respiro, a observação da vida que pulsa apesar das perdas e das partidas. Nem podia ser diferente. Adriana fala e escreve de maneira tão poética, que é impossível não querer acompanhá-la. O prazer da leitura se transforma num chamado para mergulhar nas profundezas da existência — mesmo para quem não sabe nadar. Trissia Ordovás