Para não entrar no mato desacompanhada

Para não entrar no mato desacompanhada percorre os caminhos das sinuosas dimensões do cotidiano: a cada curva desdobra-se em riso, dores, desespero e novas possibilidades. Os contos aqui presentes falam sobre amor, medo, política, arte, sonhos, violência e loucura em narrativa poética e envolvente; o tom leve e sarcástico do começo rolando em pedras até desaguar nas profundidades densas de uma vida que se transforma. A observação da natureza de si e da fantasia possível nos signos que atribuímos a tudo aquilo que chamamos realidade, banha quem lê em corredeiras de sentimentos quando a autora retrata o superficial e o profundo sem distingui-los em partes separadas. Apresenta a dimensão de experienciar algo tão grandioso – viver – como rio no meio da mata. Com caminhar dinâmico e instigante, a leitura revela potências criativas de lembranças imaginárias que toda pessoa tem, e com as quais pode se deparar entre as linhas deste livro. Afinal, não se deve entrar no mato da vida desacompanhada.