A obra Só ar, sem sono, sem ar, do criativo Gabriel Elias Josende, apresenta uma tríade de contos fantásticos, cujos personagens principais se colocam em situações de perigo que seriam evitadas com um pouquinho de cuidado. Com sua primeira obra de contos, Gabriel continua seu estilo clássico abusando da intertextualidade com obras primas, como Otelo, de Shakespeare, e com figuras da mitologia grega. Além disso, o autor mantém-se na produção de literatura com protagonistas gays. O/A leitor/a é instigado/a a escrutinar as entrelinhas para desvendar mistérios delicadamente tramados pelos narradores, que aparecem ora em primeira, ora em terceira pessoa. Outro destaque refere-se à perspicaz exploração que o autor faz do discurso direto, o que dá vivacidade a cada conto. Trata-se de uma inteligente obra que une fantasia, esoterismo, magia, mitologia grega e literatura LGBTQIAP+.
Minéia Frezza
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