Três movimentos em gradativa aceleração se sucedem, envoltórios de palavras que buscam algum grau de regeneração do ser. Neste livro, a fusão de tentativas para com a escrita descortina uma espécie de antecipação ao verso, a exemplo do que ocorre na pintura, quando o traço final oculta o esboço, mas não deixa de existir se não e unicamente por ele. “Invólucros” apresenta aquilo que se guarda dentro da palavra. Ainda que só vejamos a sua casca, não se trata mais apenas de olhar, mas de lidar com o que fica do visto: o poema.
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Yann Maia escreve, além de ser músico e fotógrafo amador. Em suas criações, Yann experimenta métodos distintos, que reúnem o ritmo, a imagem e a melodia, componentes essenciais de sua literatura. Quando escreve poesia, escreve com a pele, com aquilo que envolve seu cotidiano e as sensações íntimas que perpassam pelo corpo; já na produção de prosa, explora sobretudo os limites das relações humanas, partindo de uma busca por entender a origem dos incômodos que nos atravessam em situações corriqueiras ou absurdas. Dentre os caminhos da palavra e dos processos criativos, atualmente realiza pesquisas com foco nas relações entre a Literatura e outras artes, em especial, videogames, num doutorado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Sergipe.
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