Das experiências em literatura, talvez a poesia seja das mais solitárias, porque exige ainda mais que outros gêneros, uma volta ao eu e um recolhimento difíceis de alcançar em tempos conturbados como estes. Em Primeira pessoa, livro de estreia de Fernanda Furtado, temos uma poeta em início de trajetória, mas que demonstra talento e merece ser acompanha pelo leitor em seu percurso, pois é promessa de qualidade. Logo de início, pelo nome da obra, já temos indícios do que vamos encontrar: um eu lírico feminino, entregue e arrebatado. Espero que os poemas a seguir toquem, também, os leitores, renovando suas crenças em idílios passionais.
Leonardo Costaneto
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