Talvez seja a negação de Em Busca do Tempo Perdido, de Proust. Ou talvez seja a hipótese da sua apoteose. E se nos devolvessem o Tempo ardido. Se nos devolvessem anos de vida. Por exemplo, dez anos. O que diríamos, o que sentiríamos, o que faríamos? Aqui não há respostas, há perguntas, porque o tempo ensina-nos a fazer perguntas. É esse o princípio da experiência e da sabedoria, conhecer os Homens pelas perguntas que fazem. Como voltar ao princípio do olhar, ao fundo de nós próprios, como escrever o silêncio que nos habita pelo renascimento dos nossos passos. Talvez escrever. Escrever a memória do futuro. Encontrar-nos lá onde estivemos sem saber que voltaríamos como habitantes do vento. Com o ruído dos erros pacificados. Voltar atrás no tempo, e escrever sobre o futuro que se viveu — com tanto de ficção científica como de ficção poética. O presente é já futuro. Onde a política arde como uma ferida rente ao vento.
Úlcera, útero
R$ 70,00
Brassalano Graça, português, natural de São Tomé, licenciado em comunicação social pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em 1995, com especialização em televisão e cinema. Sou um entusiasta de fotografia e teatro. Tradutor, tenho publicados um livro de poemas intitulado Súbito, e um livro de contos intitulado Ofertório de Pragas. Tenho também publicado o livro de poesia e pensamento Cronómetro de Sombras. Sou autor do programa de rádio Paixões Privadas e fundador do projecto Odo (iniciativa cultural para o Sul).
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