Em A parte obscura, Carlos Vilarinho brinca com as palavras como um pirotécnico, acendendo-as e apagando, para que rebrilhem os seus múltiplos sentidos e desfoquem o leitor do pulso insano da vida, de modo a voltarmos para um ritmo mais profundo, interior. Com influência modernista, corrente que completa 100 anos no Brasil em 2022, Vilarinho reúne os elementos mais primários, como o fogo, a madeira, as cinzas, para inscrever sua poesia na pureza do papel. Longe do amadorismo, do verso pelo verso, da escrita pelo aplauso, o poeta confirma sua vocação e, mais uma vez, assegura a este editor, o orgulho em publicá-lo.
Leonardo Costaneto
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