“É de encontros gasosos & desencontros fluidos que se trata esta impressionista prosapoesia-viagem. A escritura avança & recua na linha cronológica, costurando ziguezagues de memórias & fantasias, confirmando empiricamente que ‘a imaginação também é autobiográfica’ {Aglaja Veteranyi}.
Este é um livro de errâncias subjetivas, do tipo sensorial & conceitual, que faz das mil volúpias & angústias, das alegrias & tristezas, das alegrias tristes e das tristezas alegres, enfim, das provocações-permutações, uma aventura existencial. Melhor dizendo, DOBRA DE RIO é uma festa para a nossa inteligência. Acompanhamos com grande satisfação as espirais mentais da narradora-protagonista, saboreando, como se fossem nossas, cada uma de suas digressões & reflexões sobre música, poesia, psicanálise, família, casamento, divórcio, amizade…
Ora em prosa, ora em versos, este livro é uma necessária mão estendida. Mais do que isso: são duas necessárias mãos estendidas. Segure-as firmes, queridos leitores. Não existiria a humanidade se nossas mãos preferissem seguir soltas, distantes, indiferentes… ‘Eu sempre precisei dar as mãos a alguém para me sentir segura. {…} Ter as mãos soltas me parecia sempre terrível, talvez por isso fumasse tanto. E eu sempre dei as mãos a fantasias diversas, minhas, dos outros…’
Estender as mãos imaginárias para as lembranças vivas também é uma forma de consolidar, no plano subjetivo, metafórico, a própria humanidade. Ação perigosa… Andar de mãos dadas com essa criatura cotidiana – nossa própria humanidade – equivale a compartilhar afetos com nossa comunidade íntima de crenças & desejos, às vezes amiga, às vezes inimiga.
É de tudo isso que se trata esta DOBRA DE RIO, que reverberou em mim, e reverberará também em muitos de vocês, com a força de uma DOBRA DELÍRIO.”
Luiz Bras
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