Neste livro, o autor Felipe Sanna explora com precisão os desvãos emocionais daqueles que orbitam entre o êxtase e a depressão, na longa montanha russa da droga. O fulcro ficcional da sua escrita encontra ressonância na fraturada sociedade brasileira, onde, entre outros problemas crônicos, a dependência química é uma válvula de escape para lidar com todos os arbítrios e absurdos aos quais estamos submetidos. O rol de personagens da literatura de Sanna são os desvalidos, os vencidos pela vida, os vice-campeões em tudo, os “humilhados e ofendidos”. Quando profissionais da medicina passam a abusar de entorpecentes para dialogar com seus próprios demônios interiores, temos o retrato de uma sociedade falida e doente a partir do drama pessoal e nonsense de Dr. Olegário, personagem que dá a tônica deste livro.
Rodrigo Saffuan
Daniele Barros –
Conhecia o autor pelas poesias publicadas na Ruído Manifesto, estou surpresa com o livro. Recomendo!
Lucas –
Gosto do estilo seco e cortante da narrativa de Sanna, lembra os melhores textos de Rubem Fonseca.
Débora –
Leitura rápida e envolvente. O Autor Sanna oferece com precisão uma história interessante sobre os viciados em entorpecentes. Morfina, propofol, oxicodona, anestésicos, ansiolíticos e diuréticos medicações usadas não para curar ou aliviar uma doença grave e sim para um refúgio, uma fuga da dura realidade.