A semente dos dias dá voz à poesia cotidiana da urbe e busca atribuir sentidos aos sentimentos e sentimentos aos sentidos do dia a dia, dividindo-se em três seções independentes, mas contínuas. Na primeira, A Semente dos Dias, transmite o inconformismo com a vida corriqueira, expondo com delicadeza interrupções existenciais por vezes banalizadas. Desvarios tais narra o sentimento de desilusão por meio da descrição de amores falidos, realizando a ponte entre o movimento e a aglomeração da cidade e o ritmo lento e solitário do isolamento social; entre esperança e derrelição de si e do outro. Na catarse de Pandêmicas, reúnem-se poemas que expressam as várias e antagônicas sensações provocadas na mesma urbe pelo período de quarentena vivenciado entre 2020–2021, em razão da pandemia da Covid-19. Sensações que desembocam, ao final, no resquício da esperança perdida, que torna a obra, como nos versos de Pandêmicas, “(…) vida insipiente/ e morte circundada” que pulsa – “nem tão rítmica, mas pulsa”.
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