De perto

Ter inspiração é como tomar água com a mão, se demorar, vai escorrendo por entre os dedos até acabar. Gosto da escrita afetiva, da escrita orgânica, às vezes até impensada, de escrever sobre o cotidiano, mas sem me prender muito à realidade. Às vezes só a fantasia consegue ilustrar um sentimento ou uma sensação. Em meus textos, misturo realidade e ficção: recordações, sonhos, imaginação, etc. Quando conseguimos olhar pelas brechas que a rotina tem, podemos ver nas coisas mais corriqueiras, comuns e banais, algo que destoe, mas que normalmente passaria despercebido. Prestar atenção nos detalhes que ninguém presta, ver além do que está ali “na cara” como se estivesse olhando pela primeira vez.