A memória é, na coletânea de poemas, Desde longe, o fio inconsútil que entretece o passado, o presente e o futuro. Na infância, os vestígios do pai; as mãos carinhosas da avó, florista em Belo Horizonte; a âncora e o porto, que era a mãe da escritora; no presente, mesas, pratos, casas vazias; e no futuro, a escrita do verso lúcido, apaixonado e vibrante. Em desde longe, a dicção e a invenção da autora beiram, em exatidão e multiplicidade, a uma partitura musical, na poesia, muito mais, o verso se revela em sua visibilidade rítmica, em um concerto de vozes. Ao leitor caberá descobrir, nesses exercícios de fiandeira, de levitação e de gravitação, para que serve o arco-íris.
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