O livro que você tem em mãos é uma obra de singular beleza poética, que nos transporta simultaneamente para os recantos mais profundos de nossa alma e para os cenários de uma cidade do interior. Esta é a esquisitofrenia que a poesia de Gustavo da Encarnação evoca. Sua poética é como uma cartografia das emoções, um território desconhecido que ressoa com a familiaridade de nossas próprias paisagens interiores, ou mesmo lembranças que parecem estranhas, mas que ganham vida como memórias suscitadas pelo autor. A ficção lírica permeia sua poesia, aos pés da Pedra da Balança à vastidão da Pedra do Baú. É nessa conversa que sua imaginação se desdobra diante – e dentro – de nós. Como o autor expressou com maestria, “Quanto mais se se aproxima do horizonte mais os pés deixam o chão”. Esquisitofrenia nos leva à beira do horizonte onírico do poeta e nos convida a mergulhar na ficção de sua poética.
Rinalda Duarte
Bruno Gustavo Muneratto –
Poesia alquímica que se mistura com narrativas e brinca com palavras assim como com os sentidos (todos os seis). Obra de maturidade poética!
Bruno Gustavo Muneratto –
Poesia alquímica que se mistura com narrativas e brinca com palavras assim como com os sentidos (todos os seis). Obra de maturidade poética que vem para libertar passarinhos das mentes e abrir caminhos de imaginação.
afrikaakirfa1235 –
Gustavo, autor de Esquisitofrenia, une duas qualidades de um bom escritor: respeito ao tempo da escrita, e capacidade criativa de fazer viver seres inanimados. Percebe-se esse jogo simbólico em poesias como “A velha e a neta”, na qual consta belo verso segundo o qual “o tempo já foi um pequeno pássaro”, frase na qual me ative de imediato, na primeira leitura da obra. O “velho carro de boi”, outro acerto desacertado do poeta me tocou em muito, na qual assinala uma luta às escondidas entre o capitalismo e a cultura, um carro de boi num museu, um museu onde jaz coisa morta, administrado por algum burocrata como em muitos museus de nosso país.. Enfim, a poesia de Encarnação trabalha com base em feridas em aberto, desconstruindo a ideia segundo a qual o “esquisitofrênico” é sempre o outro.. Espero ansioso por outra obra do autor e já indiquei essa obra para ser objeto de estudos de cursos de introdução a estudos literários aqui de universidades bahianas: Unilab-Malês, UFBA, UFRB. Parabéns à editora por ter acertado nessa produção!
afrikaakirfa1235 –
Gustavo, autor de Esquisitofrenia, une duas qualidades de um bom escritor: respeito ao tempo da escrita, e capacidade criativa de fazer viver seres inanimados. Percebe-se esse jogo simbólico em poesias como “A velha e a neta”, na qual consta belo verso segundo o qual “o tempo já foi um pequeno pássaro”, frase em que me ative de imediato, na primeira leitura da obra. O “velho carro de boi”, outro acerto do poeta me tocou em muito, na qual assinala uma luta às escondidas entre o capitalismo e a cultura, um carro de boi num museu, um museu onde jaz coisa morta, administrado por algum burocrata como em muitos museus de nosso país.. Enfim, a poesia de Encarnação trabalha com base em feridas em aberto, desconstruindo a ideia segundo a qual o “esquisitofrênico” é sempre o outro.. Espero ansioso por outra obra do autor e já indiquei essa obra para ser objeto de estudos de cursos de introdução a estudos literários aqui de universidades bahianas: Unilab-Malês, UFBA, UFRB. Parabéns à editora por ter acertado nessa produção!