Estudando o amor

Território privilegiado – mas não exclusivo – dos poetas e dos bêbados, o amor é uma dessas palavras a respeito da qual todo mundo tem algo a dizer. Sentimento variado e polissêmico: ama-se de várias formas e se compartilham muitos significados a respeito do que seria ou não seria amar. E embora alguns se queixem por não serem amados, não há aquele que nunca amou. As possibilidades de amar são infinitas: ama-se o Outro, a si mesmo, algum objeto, um lugar ou uma lembrança. Ama-se até mesmo aquilo que não existe. Ama-se o ato de amar e se ama, inclusive, sentir-se amado por quem amamos. O que há, então, de novo neste livro que versa sobre um tema tão presente em nossas vidas? A resposta, ainda que possa contrariar o leitor mais entusiasmado, é simples: nada. Não há nada de novo neste livro. Trata-se de mais uma obra de um poeta apaixonado, que, sendo além de poeta, professor e cientista social, decidiu, à sua maneira, estudar o amor, ao mesmo tempo em que estuda a si, e compartilhar os resultados na forma de versos que contam uma história.