É uma marca da poeta mariam pessah o jogo de palavras, com muita perfeição, ora palavras inventadas, ora a língua mãe misturando-se com o português, um tabuleiro poético entre sonoridade e grafia. Em meio aos poemas que falam da pandemia, também encontramos as gatas, as mulheres, o mar, as lésbicas, as feministas, mas antes de tudo os poemas retratam a Vida e não a Morte. Como uma poeta sobrevive nesse período? Ela percebeu a importância da continuidade do escreVer através de cada pessoa que resistiu em mares bravios à turbulência instaurada e com sua escrita nos faz entender que não há finitude no poema e escreve: “os poemas não são terminados pela poeta”. Certamente, mariam pessah continuará a nos surpreender a cada linha, a cada palavra, a cada grito do seu manifesto Vida materializado no seu último ou no seu próximo poema.
Lilian Rocha
(Escritora, poeta e musicista)
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