O grão da voz, de Evaldo Balbino, é poesia que se faz liberdade. São textos líricos antes de tudo, com variada forma passando pelo verso livre e pelo metrificado, pelo verso rimado e pelo branco. Ao longo do livro, convivem formas clássicas e modernas de composição. A voz, essa materialidade anterior à escrita e aqui construída nos sons da poesia, associa o poético com a liberdade da existência e da expressão, porque a existência ela mesma pode ser contestadora. Os textos perfazem-se na busca dum dizer poético libertador, porque questionador das amarras e dos desmandos dos poderosos sobre seus subordinados.
Leonardo Costaneto
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