Paris, a cidade é uma caixa de surpresas que une uma mal-resolvida história de amor na capital francesa a uma espécie de thriller misterioso que deságua nas antigas ruas de Ouro Preto. Ao misturar esses diversos gêneros literários em sua narrativa, Leonardo Costaneto usa recursos estilísticos que nos remetem aos contos de Maupassant e Hoffmann e acaba criando uma metaficção, uma novela detetivesca que se volta sobre si mesma e sobre o processo criativo. O enredo instigante fisga a nossa atenção e nos convida a conhecer a história do narrador e dos personagens que o acompanham e a desvendar o mistério que ronda a escrita de um livro e a vida de seu autor. Dividida em quatro capítulos, a novela se desenvolve como se fossem quatro movimentos musicais bem construídos, independentes, mas interligados, nos quais o narrador parte em busca do escritor Antônio de Mina, criando um suspense em torno desse personagem e instigando o leitor a cogitar sobre o seu destino, surpreendendo-o ao final.
Décio Torres Cruz




Leonardo Costaneto tem 35 anos e vive em Belo Horizonte. Formado em letras (UEMG) e mestre em educação (UFMG), lecionou por quase 15 anos, até se dedicar integralmente ao trabalho de editor-chefe da Caravana Grupo Editorial. É sócio da Caburé Libros, uma das principais livrarias de Buenos Aires. Publicou os volumes de contos Aparecida Rainha (2020), Angie (2021) e Nêga d’Angola (2022), além do romance Um blues para Juliette (2023).
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