Porque era ele, porque era eu e outras quase histórias

Porque era ele, porque era eu e outras quase histórias oferece um universo narrativo marcado por trajetórias e descobertas perpetuadas em recordações, fotografias, ancestralidades nordestinas, cheiros e benquerença. São relatos alinhavados no resgate de um cotidiano medido por abraços, inquietações, geografias afetivas e cumplicidades, que por vezes também revelam a melancolia presente na rigidez infeliz de uma metrópole sem empatia. Para o professor e crítico literário Davi Arrigucci Jr, “o cronista é um lírico de passagem; se expressa de súbito, ao se deparar com o catalisador da emoção poética”. Honesto na apresentação dos seus personagens “reais”, o autor entrega um conjunto de histórias que sensibiliza e nos liberta da solidão tecnológica. A escrita de Luiz Henrique Gurgel escancara um lirismo sintomático em textos que desafiam a temporalidade. Ela é protesto, encantamento, afeto e canção. Boa leitura! (Taciana Oliveira)