Quando acordei assustada do meu sobrenome

Quando acordei assustada do meu sobrenome traz textos das narrativas de vida que a autora percorre com sua escrita. Na vizinhança dos seus 50 anos, um sonho traz o título que lhe indaga quem é, em nome próprio. Sem destituir sua ancestralidade, busca o que há para além dela. O que resta ou sobra sob os escombros de quem se permite “ir até a medula”. Encontra, no ato de escrever, uma possibilidade. Seu processo de análise, iniciado aos 15 anos, com direito a fugas e recalques, coloca sua escrita no divã. Esta, que é letrada e nutrida de Bahia, Recôncavo, Samba, Poesia, Amódios, Feminismos, Maternidade, Arte e Cultura, se desnuda. A autora não crê em pudores, e entende ser a vanguarda posição de artistas. Mais deslumbrada com o humor do que com o amor, desconfia de certezas. Arrisca: “é chegado o tempo de enxergar”. A obra costura os instantes de ver, enxergar, até chegar ao momento de ler.