Um livro pequeno, porém um grande livro. Imenso como os dois continentes separados pelo oceano infinito, África e América do Sul. O leitor navegará por um texto primoroso, em forma de contos sobre as origens das famílias negras brasileiras, desde os tempos de “ouvir as histórias do preto velho, tão antigas quanto o barro seco dos grandes lagos da Mãe África”. Das imagens fortíssimas ao deleite com frases tão bem achadas, como “a roer fruto que nem bicho, a caçar bicho que nem fera, a fugir das feras como se visse o que não queria ver”, nos mitos e ritos, mais do que nas lavouras de cana ou de café, os dois continentes se fundem para sempre. A última frase do pequeno grande livro termina com um “sem fim”. Nêga d’Angola, fruto da experiência da própria vida do autor, não há de ter fim, não há de ter volta, porque o Brasil-Angola, como sugere Leonardo Costaneto, é onde quer que estejamos.
Humberto G. Pereira
Brenda Rafaele –
É um livro que trouxe uma sensação tão aconchegante, tem muitas frases que traz certas memórias que já foram esquecidas, bem no início do livro dá para sentir os sentimentos que o autor quer transmitir.
A escrita é rica e bem detalhada, a descrição dos contos tem uma linguagem linda e comovente. Leonardo tratar de assuntos delicados e complicados de maneira sensível, é um livro pequeno e belo em sua simplicidade, nos evocando boas sensações na leitura, em outras palavras e um doce convite a um tempo distante.