Com evidente alegria e incontida gratidão, recebi o convite para fazer a apresentação de A colecionadora de vaga-lumes, novo livro de poemas do meu amigo Marcondes Jamacaru, dono de alma rara, vestido de saudade e calçado de uma sensibilidade ímpar. Não me considero, nem de longe, sensível e delicada como as borboletas, mas tive o privilégio de conhecer um vislumbre da menininha de amarelo que, desde sua mais tenra idade, “pescava caramujos no quintal” e tinha as mãos ocupadas carregando girassóis. No tempo da delicadeza, a menininha de vestido amarelo amadureceu e tornou-se colecionadora de vaga-lumes. É livre. Poucas coisas nos enobrecem tanto quanto a atitude de deixar-se construir. Em cada poema deste livro, existe um mistério que norteia nossos passos para compreendermos como se dá tal construção: tudo o que o amor toca, torna-se eterno. A doce e envolvente leitura deste livro levará o leitor “a aprender a gramática das borboletas”. Ela trará luzes que o salvarão de uma existência sem beleza, sem poesia e sem o encanto das coisas miúdas. Desejo que você percorra com deleite esse caminho, pois assim como a colecionadora de vaga-lumes, nós também estamos de passagem, e como ela, também possamos desejar “sentir a essência da vida em cada ato cotidiano”.
Lidiane Benevides
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