Assim como em Saramago – a morte do futebol

O que leva uma pessoa a ficar 2 horas sentada na arquibancada de um estádio ou em frente a um aparelho de televisão assistindo um grupo de homens ou mulheres chutando uma bola pra lá e pra cá? O que aconteceria se, como nas histórias de Saramago, de uma hora para outra, as pessoas deixassem de ir aos estádios ou de acompanhar os jogos pelas transmissões pela TV? Josivaldo, André e João Roberto são fanáticos torcedores que não se conhecem, mas que amanheceram na manhã de segunda-feira sem nenhum interesse em futebol. Marlene vendia lanches na porta do estádio e, desde que os torcedores desapareceram, perdeu seu ganha-pão e busca novo trabalho. Clebson, Bruno Joel e Endrigo são jovens que, muito habilidosos, conseguiram enfrentar a pobreza chegando ao topo da carreira de jogador de futebol. Com os estádios vazios encerraram as carreiras. Fernando passou uma vida trabalhando na produção de programas esportivos na televisão e que, depois de 27 anos, perdeu seu emprego. Sem torcedores o futebol volta a ser como em seus primórdios, apenas uma diversão para quem o pratica. O livro pretende conversar com os leitores/torcedores de futebol sobre os papéis de jogadores, da mídia, do poder econômico no futebol e o que representa na sociedade e na vida de cada um.