Dourado e rubro, de Renilson Durães, surge num momento sombrio da história humana e nos põe diante da voz luminosa da escrita poética. Incontestável e necessária travessia. É um livro inquieto, rebelde, inconformado com a visão rasa da vida imposta pelo sistema político-opressor hegemônico no mundo. Daí os seus versos libertários, a sua exortação da beleza, do utópico, da possibilidade de redenção do homem. São 37 poemas em que o poeta Durães, mestre em yoga, com formação em Filosofia, um artista sonhador, faz alusões a elementos de diferentes culturas, simbologias religiosas, líderes revolucionários, aspectos mitológicos e filosóficos. Além disso, trata-se de uma coletânea que evoca a afirmação da vida em meio ao caos contemporâneo. Aqui os poemas indicam o olhar do poeta, sensível à dimensão existencial, um arguto observador do tempo, do mundo e de si mesmo. Nietzsche, Tom Zé, Rajneesh, Krishna, Cecília Meireles e outros expoentes do pensamento, da arte e da espiritualidade comparecem nessa escrita como companheiros dialogais do poeta, um andarilho da história. O conteúdo sublime de Dourado e rubro nos confirma que Renilson Durães, a partir do seu lugar, é um notável esteta da palavra. Preciosa a sua poesia.
Wagner Rocha
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