O que pode o sujeito contemporâneo, diante de sua fragilidade? Eis uma pergunta perseguida por Fabiano Veliq ao longo deste instigante e aglutinador ensaio. Instigante porque o leitor se identificará com o texto — uma crítica que toma elementos cotidianos do estado atual de coisas, marcado pelo neoliberalismo e pelo ultraconservadorismo. Aglutinador porque trata-se de um livro autoral, da concatenação do seu pensamento a partir de suas três áreas de formação: filosofia, psicanálise e teologia. Percorrendo questões colocadas por intelectuais que vão de Hegel a Žižek, Freud a Lacan, Feuerbach a Bonhoeffer, Veliq investiga os limites e possibilidades da fragilidade do sujeito contemporâneo, “não descreve a se entregar por nada que não seja ele próprio”. Com efeito, Fabiano Veliq capta muito bem, em O ser humano frágil diante de um Deus fraco, o amálgama da crise do sujeito contemporâneo. Haverá um futuro-outro para nós?
Paula Magalhães
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