Neste texto, que tenho a honra de apresentar, o autor assume que sua subjetividade importa para a produção de conhecimento e traduz, em primeira pessoa, um pouco da multiplicidade que o forja: homem, negro, de origem popular, de fé nas tradições afro-brasileiras, morador de periferia, artista da palavra, educador dos campos da cultura e da saúde. A escolha pela autoetnografia mostra-se duplamente acertada, porque permite trazer à tona suas identidades e experiências, apresentando uma perspectiva autêntica e inovadora no conjunto recente de estudos sobre movimentos culturais periféricos, sem perder de vista as lutas e coletividades presentes nesses territórios. Um texto que pede licença aos que vieram antes e anuncia aos que virão depois que as teorias e dados sistematizados aqui foram elaborados com criatividade e disciplina intelectual, mas também com literariedade, afeto, política e axé.
Érica Peçanha
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