O pai nos domínios da mãe

O pai nos domínios da mãe nos convida a abrir espaços para uma apreensão crítica dos modelos sociais impostos liderados socialmente pelas figuras masculinas. Esses modelos naturalizados e assumidos como valores os oprimem e aprisionam em cárceres violentos. Perguntamos por que suportar e reproduzir esses modelos infames? Por que as mulheres à sua maneira também os assumem e buscam reproduzi-los? Por que os internalizamos e os tornamos leis absolutas, leis divinas, leis da natureza? A quem de fato beneficiam? É possível sair deles? O pai nos domínios da mãe convida-nos a pensar, a retomar histórias, a reinterpretá-las a partir do presente e em vista de uma espécie de ‘bem viver’ que permita uma respiração vital que transgrida as interpretações dadas, as leis e as teorias com ares definitivos. A partir daí há que enfrentar-se aos monstros que criamos e nutrimos dentro e fora de nós, porque sabemos bem que o dentro está fora e o fora está dentro como o avesso e o direito de um mesmo tecido.