A gênese em Pequeno acervo de desmemórias é a memória. Na obra, Mariana Rozario navega em suas memórias a partir da reconstrução daquilo que foi vivido. Uma prosa poética convidativa, a poeta enxerga o tempo como fator decisivo para (re)construção ou esquecimento dos momentos. E vai além, Rozario tece sua poesia entre as memórias de um amor passado, a cidade histórica e heroica de Cachoeira, Bahia, e sua família são passagens que se entrelaçam e nos fazem perceber os efeitos do machismo, racismo e capitalismo enraizados na sociedade. Nesta obra, o leitor se conectará com a poeta e construirá suas próprias memórias, aquelas de tempos vividos e não vividos, mas sempre sentidos. Pequeno acervo de desmemórias é um convite para lembrar que a poesia e a memória por vezes não são desejadas, mas fazem parte de quem somos. É preciso criar e buscar quem se é. Permita-se.
Nina Maria
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