Se chover, deixe-me passar, de Aderbal Bastos Barroso, filho da mesma terra que eu, Sergipe, evoca as lembranças do passado, com seus cheiros e sabores, a pele que se atiça em recordações. Além disso, o caráter etéreo, etílico, de algumas poemas, me lembra a poesia do grande poeta Mário de Sá-Carneiro, que inaugurou o Primeiro modernismo português, no ano de 1916 e que fez de si a maior a obra sua. Por outro lado, aqui o poeta não se deixa aprisionar pelo lido ou pelo vivido: ele persegue o próprio caminho e vai além, confirmando que sua lírica é viva e eloquente, com uma dicção encantatória àqueles que apreciam a boa literatura.
Leonardo Costaneto
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