Dadas algumas características das instituições de acolhimento e, também, de certas políticas que o Estado brasileiro adotou historicamente, nem sempre é possível garantir o direito da criança de conhecer eventos da sua história de vida ou de contá-la noutros termos, para além do que se narra no cotidiano da instituição. A falta ou precariedade de registros sobre a história pessoal e familiar das crianças pode afetar a construção da memória autobiográfica, a formação da identidade infantil e sua capacidade de superar o sofrimento relacionado à sua história familiar e institucional. Essas considerações nos fazem questionar quais histórias se contam, como se contam e o que se deixa contar em contextos de acolhimento. Como as histórias contadas às crianças e pelas crianças podem favorecer processos de resiliência, fortalecendo os acolhidos para lidarem com as adversidades da vida? É no sentido de responder a esta questão que esta pesquisa foi desenvolvida a partir do Projeto de Extensão Liga de Cores, do Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisa Sobre a Criança, em uma unidade de acolhimento da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Ceará. O Projeto de Extensão Liga de Cores consistiu na implantação da ferramenta de intervenção institucional Fazendo a Minha História. Esta metodologia foi criada pelo Instituto Fazendo História, com o objetivo de promover meios de expressão para que os acolhidos possam entrar em contato com o seu passado, registrar suas histórias de vida e construir projetos para o futuro.
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
R$ 70,00
Bárbara Monte é psicóloga e educadora com pós-graduação em Violência doméstica, pelo Instituto Sedes Sapientiae, SP, e mestrado em Psicologia, pela UFC. Atualmente colabora com a gestão das ações de psicologia da Ser Ponte Fortaleza, CE, Organização sem fins lucrativos, que atua com transferência solidária de renda junto a famílias chefiadas por mulheres, e constitui o coletivo AOCA-CE — Articulação de Apoio à Orfandade de Crianças e Adolescentes pela Covid-19. O seu percurso é construído em políticas públicas da saúde e assistência social, com atuação no campo da psicologia educacional e escolar.
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