Anacrônicas dos silenciados, de Kiu Oliveira não é uma narrativa sobre desencanto, desajuste, desalinho com o tempo em que se vive, mas antes a prosa vigorosa de um homem ligado ao seu tempo, atento aos pulsos vitais, ao chamado da literatura em tempos de crise, que convoca e insiste na necessidade da luta com as palavras. A cada capítulo, conflitos, lembranças, sensações se amalgamam e erigem o edifício da própria narrativa, inscrevendo a história contada por Kiu na memória do leitor e, mais nesta outra, coletiva, pulsante, que exige de nós algo mais que a vida ordinária, carentes de novas experiências, de arte, da vida fora do espaço da rotina.
Leonardo Costaneto
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