Elio Cunha, neste seu Casaco de tripas e coração, muito me lembra os ventos que vêm do Norte, bem como a poesia vibrante de Ferreira Gullar, a palavra certa de João Cabral de Melo Neto. Neste seu percurso entre uma língua na sua vertente mais formal, e outra, prosaica, a poesia de Cunha firma o passo na tradição e no tempo de hoje, cantando e contando histórias em versos ritmados de vento e de sal. As roupas que trama e traja, aliás, feita da própria matéria humana, conforme o título já nos traz, caem nele muito bem, porque visceral, poeta arrebatado que é.
Leonardo Costaneto
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