Nos seus contos, nos contos curtos, em seus romances e novelas, uma coisa é comum na obra de Venâncio de Oliveira. Mesmo tão jovem, esse economista e militante político alcançou uma dicção própria. Sua linguagem é cortante, veloz e irônica, carregada de diálogos ágeis, com seus personagens sempre caminhando no limiar da crônica do absurdo. E, no limiar de situações desumanas, chegam até mesmo a despertar o humor e uma forte empatia. Nesse sentido, a experiência de vida e contato com cenários sociais profundos – esse londrinense em poucos anos passou por pensões, alugueis e comunas em Curitiba, Cidade do México, El Salvador, Guatemala, Minas Gerais, São Paulo, Buenos Aires e Niterói -, na sua sensibilidade, faz com que toda sua percepção social apareça refratada em sua obra.
Pedro Carrano
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