Eu conheci a Sandra no meio de uma frase, eu estava de um lado da vírgula, ela do outro. Nessa sentença, decidimos que daríamos as mãos e assim fomos caminhando pelos tempos verbais e não verbais que marcam aqueles gostosos intervalos vividos. Na história dela, onde quer que sejam jogadas sementes de fala, brotam raízes de palavras que nutrem e transformaram completamente. Essa mulher negra, escritora, sonhadora e destoantemente divertida, não cria textos, ela datilografa sentimentos, num “tec-tec” frenético de fonéticas que se reconhecem mandando beliscões no peito. Pois é, dona Sandra, a partir de agora, seremos todos testemunhas de que seus pontos também são os nossos e de que não existe uma vida sequer que passe despercebida ao contorno dos seus olhos de poeta. Vida longa ao que de tu se fez eterno!
Nevelyn Silva
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