Roberta Calábria é movida pela paixão. Aquela que é tão diversa quanto os seres do planeta, mas que é visceral a ponto de se materializar em palavras.
E que palavras! Pelas linhas deste livro escorrem gozo, desejo, raiva, alegria, dor, saudade, amor, numa intensidade que só quem está muito vivo consegue sentir, revelando a força de sentimentos que a maioria dos mortais desejaria ocultar. Roberta convida o leitor a se humanizar, a trazer à vida o ser que sente. É um convite à existência! O leitor, ao se deparar com a força das palavras, certamente será transportado para o âmago do seu ser, num reencontro profundo com o que tem de mais íntimo, além daquele amor que ninguém explica. Saberá, então, que viver, muito mais do que passar pela vida, é libertar-se das amarras que lhe impedem de sentir. Poderá se perguntar: “estarei eu vivo?” Quanto ao leitor, nada posso dizer. Mas Roberta, com certeza, está. Viva nas estradas da vida, nas páginas deste livro que é um convite. Você aceita?
Shirley Oliveira
Albertino B de Figueiredo (comprador verificado) –
‘Todo dia uma palavra me come’ me pareceu uma série de tentativas bem-sucedidas de se exprimir o inefável na dor da existência e na existência da dor. De certa forma, do livro eu depreendo a dor como atestado de vida.
Se tudo fosse conforto, a inquietação do inconformismo seria como um sonho distante. É um livro de inquietude. Toda essa introspecção deve ter demandado muito da alma e do coração. Foi uma catarse, sem dúvida, pôr no papel tanto de si mesma.
Gosto do “Não há resposta válida depois do gozo…” Isso me parece cruelmente humano. Somente a boa poesia nos poderia direcionar a atenção para uma “garrafa vazia”. O poema 39 é um aforismo contra toda presunção. E ao lembrar que enxergamos a luz de estrelas ainda que mortas, vemos que o tempo, além de curar algumas feridas, também nos pode trazer esperança.
Obrigado por nos proporcionar uma leitura tão bela e franca, Roberta.
Albertino.