Publicar Encontro em Buenos Aires, de Alan Paiva, não é um acaso. Trata-se das próprias origens desta editora, que é mineira e, também, portenha. Como o autor, temos um profundo encantamento pela capital argentina, suas calles charmosas, cafés e livrarias. Cada passo, cada esquina da cidade, tem um quinhão de histórias, sejam dos grandes artistas que viveram e passaram por ali, sejam de pessoas anônimas que nela deixaram um pouco de si. Nesta reunião de contos, mais que cruzar com conhecidos ou desconhecidos, há um perder-se de si que é próprio do contista que domina o seu ofício: sendo outro, narrando outras vidas, ele refunda a realidade, cria novas realidades, enredando o leitor à sua trama. Nas páginas a seguir, o leitor encontra, asseguro, histórias de um bom contador, alguém que busca da matéria humana o motivo da sua escrita. Porém, faço um alerta: aqui, a vida é exposta com cruor, há pouco espaço para a esperança, o otimismo. São narrativas duras, como são estes tempo, seja em Buenos Aires, São Luís do Maranhão ou Belo Horizonte – o mundo não anda nada bem, só a literatura pode, ainda que por instantes, nos salvar. Ou perder de vez.
Leonardo Costaneto
Carlos de Paula (comprador verificado) –
Sabe quando você tem a impressão de ter vivido ou ouvido falar em algo parecido? pois é este o poder do Alan Paiva em suas crônicas. A gente se encontra em algumas delas. Um livro de crônicas, leve e ao mesmo tempo reflexivo. Tipo uma boa e pequena série de TV onde você fica triste porque acabou rápido. Assim é “Encontro em Buenos Aires”.